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terça-feira, 5 de junho de 2018

A DATA DO SANTANENSE, DO AMIGO DE SANTANA, DAQUELE QUE AMA E NASCEU EM SANTANA


DIA 4 DE JUNHO - A DATA DO SANTANENSE, DO AMIGO DE SANTANA, DAQUELE QUE AMA E NASCEU EM SANTANA.

Amiga,  Fátima Boava,  e tantos outros amigos de Santana é mais que justo reverenciar o dia 4 de junho - data comemorativa ao SANTANENSE, e entender o espírito que estará presente nos que participarão do Encontro dos Amigos de SANTANA, no dia 10 de junho de 2018.

Reverencio SANTANA porque a aprendi a admirar, por ver o amor que seus filhos lhe dedicam, onde estiverem, como a localidade que os construiu e edificou em vida, a partir do seu núcleo familiar e o de amizades que se fizeram eterna.

Mesmo não sendo de SANTANA, me permitam dedicar a todos vocês um sentimento comum aos que amam, sem limites, seu torrão natal ou de afetividade suprema, porque é um AMOR MAIOR.

- Nossas palavras e o sentido mais direto de amizade e amor, de comprometimento familiar remeter a um lugar, a uma localidade, a uma rua, aos vizinhos – a SANTANA de toda uma vida, onde estivermos - e são minha ligação com minha realidade de vida e meus sentimentos mais profundos a respeito de raízes e lembranças imortais que guardamos.

Nossas lembranças como destaca o historiador Maurice Halbwachs, permanecem coletivas, e elas nos são lembradas pelos outros, mesmo que se trate de acontecimentos nos quais só nos estivemos envolvidos, e com objetos que só nós vimos. É porque, em realidade, nunca estamos sós, nunca estivemos sós em SANTANA. Não é necessário que outras pessoas estejam lá, que se distingam materialmente de nós: porque temos sempre conosco e em nós uma quantidade de pessoas que não se confundem com outras, são as que amorosamente lembramos e construíram nossa vida em SANTANA.

A reconstrução do passado através da lembrança só pode ser concebida a partir de referenciais significativos, o espaço em que vivemos e as pessoas com quem partilhamos o período que vivemos em SANTANA, sem os quais não há base para a memória ser ativada.

Nosso passado em SANTANA sobrevive no presente e a possibilidade de sua reconstrução a partir de encontros – em SANTANA - com pessoas com quem convivíamos fazem destes encontros o suporte e a fonte mais profunda de sentimentos e pensamentos, mesmo que pessoais de afinidades com somente algumas pessoas, mas que se transmitem a um conjunto de pessoas muito maior, porque as víamos, soubemos delas algumas vezes, ELAS ESTAVAM NA NOSSA LOCALIDADE, NA NOSSA SANTANA, AO MESMO TEMPO QUE NÓS – E ASSIM PERMANECEM VIVAS NAS LEMBRANÇAS, MESMO QUE TENHAM PARTIDO ANTES PA5RA PLANOS DIVINOS.

Neste contexto de afinidades, de amizades, de amores comuns, de lembranças prazerosas e inesquecíveis na eterna SANTANA, nós todos lembramos a rua principal, a nossa FAROFA STREET, os clubes, a escola, as professoras, os primeiros amores, as amizades com quem trocávamos confidências, as desgraças que amarguraram a tantos companheiros e família – e foram duas (2), e terríveis -, o Minerasil clube e a empresa, o Sesi, as vendas, o Armazém, a Capela e seus grupos religiosos, do Apostolado aos fabriqueiros e ao capelão, aos primeiros imigrantes de origem italiana que habitaram a região e cujos descendentes estão entre nós, as Irmãs de amor e educação, as rivalidades com a sede do município, as belas festas religiosas ou da escola, os Ternos de Reis, de aniversário, de casamento, de primeira comunhão, de crisma, de batismo, o abraço do pai e da mãe, dos irmãos, dos amigos de sempre e
 
PARA SEMPRE, em SANTANA, onde estivermos, porque esta nossa gigantesca SANTANA está e estará eternamente dentro de nós.

Por Ronaldo David.

10° ENCONTRO DOS AMIGOS DE SANTANA



DIA 10/06/2018 – 10° ENCONTRO DOS AMIGOS DE SANTANA.

08h30min – Transladação com a imagem do Coração de Jesus, saindo do Toti Pneus, bairro Nova Itália, da família Urbano da Silva, indo pelo Rio Carvão.

09h00min - Transladação da imagem de São Cristóvão, saíndo da residência de João Ceron e Irene Maria Negel Ceron, do Rio Carvão.

09h15min – Chegada ao pátio da Igreja, onde será servido um café colonial, doado pela comunidade de Santana, como gratidão pela nossa presença.

10h30min - Missa festiva, animada pelo coral formado somente por  homens de  Santana, inclusive com a presença  do Sr. João Leopoldo.

12h00min – Almoço festivo. Após, reviveremos as domingueiras de Santana, com a animação de Mickey Lima.

16h00min – Teremos show de pagode, apresentado pelo grupo de amigos do pagode de Santana.

Durante toda a festa haverá  animação simultânea, completo serviço de bar, café com mistura, docinhos, sorvete, cozinha e outros.

Os evangélicos também estão convidados para este encontro. Aproveite esta oportunidade e vamos lá abraçar e rever os amigos que lá deixamos...

A comissão

SANTANA




Não sabemos ao certo quando tudo começou, mas quando voltamos lá sentimos um misto de saudade e de nostalgia.

Santana viveu a época do ouro, no tempo da Minerasil, Mineração Geral do Brasil, mas que foi sendo destruída, aos poucos, pela Companhia Carbonífera de Urussanga-CCU, hoje, Indústria Carbonífera Rio Deserto e pela Carbonífera Treviso S.A.

Os filhos dos mineiros partiam para outras cidades próximas ou saltavam para outros estados. Os pais, já contaminados pela poluição do carvão, se aposentavam e ficavam cuidando de suas pequenas plantações que faziam nos fundos das casas ou mudavam-se com a família para uma cidade em que podiam encontra trabalho para os filhos.  Uns chegavam a falecer muito  cedo em decorrência da pneumoconiose antracose: causada pelos minérios de carvão, que afeta as pessoas que inalam partículas de carbono, a partir do carvão ou grafite.  

Não havia televisão, tecnologia e não havia dinheiro, mas havia liberdade.  Quando surgiram as primeiras TVs em Santana, ah, que novidade!  Todos corriam para assistir na casa do vizinho mais próximo

Nas casas não havia grades, na havia cadeados, não havia chaves. Nas portas usavam-se as tramelas que ficavam abertas o dia todo.  Não se marcava horário para visitar os amigos. Chegava-se e pronto e sempre tinha mesa farta com quitutes preparados pela família para as visitas.

De uma forma simples e humilde, conseguíamos encontrar felicidade que nos fazia esquecer, nem que fossem por momentos, as dificuldades do dia a dia por que passávamos. Sim, no meio de todas aquelas dificuldades, não sabíamos, mas éramos felizes.

Para todos aqueles que viveram nesses tempos em Santana, a nossa homenagem.

DIA DO AMIGO DE SANTANA


No dia quatro de junho, por vontade de Santanenses e por Lei Municipal, comemora-se o DIA DO AMIGO DE SANTANA.

Parece-me ou me consta que nesta data, na mente de todo Santanense, de nascimento ou de adoção, ressurgem lembranças, histórias, fatos, ações e também muitas estórias 
Ah! Estavam me esquecendo, tantas e quantas saudades.

Lembro-me, a minha primeira incursão à Santana, deu-se no ano de 1952, quando na carroceria de um caminhão Ford, saímos da Vila de São Marcos, em Criciúma, para uma verdadeira aventura. Fomos visitar o tio João Urbano, irmão da minha saudosa genitora. Fixei na minha mente a Santana horizontal, a sua "vila operária", o cinema, a sua rua principal e, a tosca rede elétrica que fornecia "luz" a todas as casas.

Alguns pedaços das conversas dos adultos me marcaram e nunca esqueci. Santana tinha energia elétrica nas casas, São Marcos, onde morávamos, não tinha. Percebi que os "mineiros" tinham uma admiração especial ao dono da Companhia, que fiquei sabendo, ser o “Velho Barbado”, João Gabriel Macari. Meus tios falavam com alegria de ali residirem e trabalhar numa boa companhia. Vejo a "invejinha" que nos tomou, quando orgulhosos mostraram o lindo Cartão de Natal que haviam recebido do Patrão. 

Bem, em 1958, eu interno do Seminário de São Ludgero;  meu pai foi contratado, pelo Velho Barbado, para ser o Capataz Geral da Mina de Santana. Eu só cheguei em dezembro daquele ano, para passar uns trinta dias de férias.

Procurei de pronto fazer uma comparação com os dias de quando lá estive, seis anos atrás. Não fiz uma comparação das coisas físicas, mas do sentimento é da visão que me permearam nestas duas incursões que fiz à localidade.

Como foi interessante descobrir como diferente é, ser visitante e a sensação de ser morador!

Santana tinha uma agência do SESI, um mercado de secos e molhados e um trabalho social executado por três Irmãs Beneditinas da Divina Providência, irmã Egídia, Irmã Emanuelle e irmã Honorina,  esta última como Supervisora e vinda da Itália.

Como era Seminarista, logo fiz uma grande amizade com elas, até porque tinha carona todos os domingos para ir à Missa, na Matriz de Urussanga. Construção arquitetônica que de pronto, elegi como uma das mais belas Igrejas que já tinha visto.

Mas, que dizer hoje da Santana daqueles tempos, sessenta anos atrás? Contar histórias e reverter para o real da estórias dos fatos e das pessoas que lá encontrei e com as quais comecei a aprender conviver com uma comunidade bem diversa da que vivi antes? Não, não fazer nesta hora um arremedo da história, mas de novo, dizer das diferenças que ocorreram, agora sim, fisicamente, da Santana nestas seis décadas.

Ah! O Mato Laje e seus sete ou dez mil hectares de mata de primeira geração, cortado pelo Rio Lajeado, de águas límpidas e geladas; do Cinema onde além dos filmes, não raras vezes apresentavam-se artistas nacionais; do movimento de pessoas, mulheres, à frente do Escritório para pegar o famoso "vale" com o qual faziam o rancho mensal, no SESI ou na venda do Guerino; o sentimento de grandeza por ter o Cabo Aéreo, transportador do ouro negro ali extraído para a caixa de embarque em Urussanga; o trabalho das Freiras em cursos de culinária, bordados e costura; o clube de Jovens, com suas ações, onde se criou um grupo teatral, que fez uma estréia brilhante, com a sala super lotada; dos grupos de Terno de Reis e do Boi de Mamão; das festas religiosas na pequena capela de madeira; das tardes gloriosas no Estádio Sérgio Domingues, onde dificilmente visitante vencia o Minerasil; da mesa de pingue-pongue, onde se jogava diariamente, mas o frenesi era nos domingos à tarde, onde nos reuníamos para jogar, trocar conversas e somar ideias; 

Santana era como se uma ilha fosse. A população ali fazia movimentar o comércio haja vista as dificuldades de transporte e comunicação. Os jovens não tinham como sair nos fins de semana o que fazia que os róis de amigos fossem de amizades quase fraternas. 

Assim, nestas linhas faço um ensaio não da história, mas do sentimento de saudade e das perdas que o modernismo fez desaparecer nestas dez décadas em que ali vivi, residindo e cuidando dos laços familiares e de amigos. Amigos estes que na sua maioria, foram morar longe ou chamados para outra vida. Toda e qualquer oportunidade que vou à Santana, as histórias de muitos deles, fazem meu coração e minha alma sentirem o calor de suas amizades.

Aos santanenses um forte sentimento de saudades e à espera de um grande abraço no dia do Encontro dos Amigos de Santana.

Por Juceli Antônio Francisco

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

HISTÓRIA DO MINERASIL I - MINERASIL X COMERCIÁRIO.


Foi no ano de 1956, num jogo realizado em Santana, pelo campeonato da LARM (Liga Atlética da Região Mineira), confronto entre Minerasil Futebol Clube x Comerciário Esporte Clube (hoje, Criciúma), já passados dos 40 minutos e o Minerasil vencia por 4 x 3. Houve uma falta do visitante perto da grande área, na goleira  que fica para os fundos da Sede do Minerasil.




O Comerciário tinha um artilheiro muito bom, Cardoso, que deu um chutaço a gol, batendo na baliza esquerda e indo para a linha de fundo, ou seja, a bola bateu na trave, não entrando por falta dos 10 centímetros.

Encerrado o jogo, o Paulino Búrigo, membro da diretoria do Comerciário, foi até a trave e começou a medir passo a passo e, após, retornou para Criciúma, sem nada falar aos integrantes do Minerasil Futebol Clube.

À noite, várias pessoas reunidas na sede do Minerasil, comemorando a vitória, eis que surgem discussões sobre as passadas do Paulino Búrigo embaixo da trave, dando a entender que tinha algo errado.

Discute aqui, relatos ali e ninguém chegava a conclusão. Assim, por volta das 20h00, resolveram ir conferir as medidas da trave. Surpresa!  Realmente a trave estava com as medidas incorretas, ou seja, com a diferença de 10 centímetros a menor. O Paulino Búrigo tinha razão...

Então, ali mesmo, o pessoal de Santana (com a presença do seu Omero de Bona, membro da diretoria do  Minerasil  e que  trabalhava como topógrafo na Minerasil), organizou um mutirão, convocando marceneiros, carpinteiros que trocaram e colocaram a trave na medida correta, trabalhando até tarde da noite do domingo.

Pasmem! Na quarta-feira da mesma semana chegava a Santana uma comissão da Liga Atlética da Região Mineira - LARM para fazer uma fiscalização geral no estádio do Minerasil e encontraram a trave dentro das medidas que as regras do futebol exigiam.

Assim, o Minerasil não perdeu os pontos, ganhando de 4 x 3 para o Comerciário Esporte Clube, hoje, Criciúma.

Colaboração de Juceli Antônio Francisco e Omero de Bona para os Amigos de Santana.

Amigos de Santana.

sábado, 21 de outubro de 2017

LAZER EM SANTANA II – SOCIEDADE RECREATIVA 18 DE JULHO.


A Sociedade Recreativa 18 de Julho, foi construída, no início dos anos 50, pela família de Aléssio Liberato que, posteriormente, vendeu para  Joaquim Venceslau.  O surgimento desta sociedade recreativa deveu-se por uma situação inusitada em Santana. Havia a sede do Minerasil Futebol Clube, time dos mineiros de Santana, onde jogavam: brancos, amarelos, mestiços, pretos, morenos e até os branquelas, descendentes de raças mais brancas.  

Seu Joaquim Venceslau, à direita, acompanhado do seu Benato Crescêncio, à esquerda (ambos,in memoriam).

Operários da Mineração Geral do Brasil, todos contribuíam com Cr$ 10,00 ou Cr$ 20,00 cruzeiros, descontados em folha de pagamento dos mesmos. Contudo, quando eram promovidos bailes na Sede do Minerasil, as pessoas de pele preta ou morena, mesmo contribuindo, mensalmente, não podiam participar, ou seja, ficavam de fora. Por esta razão,  foi construída a Sociedade Recreativa 18 de Julho com duas pistas de danças, sendo uma para as pessoas de pele preta/morena e outra para as pessoas de pele branca.

Na época, surgiram movimentos em Santana para que a Sede do Minerasil fosse, de fato, a casa de diversão para todos os santanenses, o que, em seguida, veio a acontecer.  Hoje, sabemos que não existe raça senão a humana.

Para se tornar sócio da Sociedade Recreativa 18 de Julho, com entrada franca em todas as diversões,  tinha que assinar uma proposta de sócio, onde o associado pagava Cr$ 5,00 de jóia  e Cr$ 5,00 de mensalidade.

A tesouraria da Sociedade também entregava ao sócio contribuinte o comprovante de pagamento.

Este clube foi marcado pelos grandes bailes com os Vibrantes, de Santana, American Nighit, de Siderópolis, os Lideres, de Criciúma, conjuntos famosos, da época, que davam shows de luzes, principalmente a luz negra, onde os frequentadores vestiam-se de brancos para reluzir na luz.

Os Vibrantes, de Santana

Os Vibrantes, de Santana

Nos domingos à tarde tinha lotação completa para assistir os iniciantes programas da Jovem Guarda, campeonatos de bocha, pacau e sinuca que terminavam com uma grande soirée com os santanenses se divertindo em uma única pista todos juntos e misturados.

Ah, na outra pista, por volta de 1964, o seu Joaquim montou uma loja de calçados.  

No bar do clube se vendia um picolé e um sorvete supimpa.

E assim era nosso lazer em Santana...


Amigos de Santana

segunda-feira, 25 de abril de 2016

8º ENCONTRO DOS AMIGOS DE SANTANA-URUSSANGA-SC

PROGRAMA DO 8º ENCONTRO

DIA 05/06 – DOMINGO – 8° ENCONTRO DOS AMIGOS DE SANTANA.

08h30min – Encontro dos amigos de Santana, no trevo do Espilão (Sorveteria Pillon/SETEP).  

09h00min – Transladação com a imagem do Coração de Jesus, que saíra da residência de Zeoneide Pillon (ali no Trevo do Espilão), nos acompanhado, pela primeira vez, em carreata até Santana, onde iremos percorrer as ruas de Santana.

09h30min – Chegada ao pátio da Igreja, onde seremos recepcionados pela comunidade de Santana, com um café colonial, doado pela comunidade.

10h30min - Missa festiva, animada pelo coral Santa Bárbara, de Santana. A Liturgia sob a responsabilidade da família do Sr. João da Glória, que estarão vindo de Tubarão e Joinville para o encontro.

12h00min – Almoço festivo. Após, reviveremos as domingueiras de Santana, com “saudades da minha Terra”, ao som do Kiko.

Durante toda a festa haverá completo serviço de Bar, café com mistura, sorvete e cozinha.  Lembramos que o café com mistura será doado pela comunidade, como forma de gratidão por nossa presença.

Todos os evangélicos também estão convidados para este encontro. Tem espaços para todos. Sem qualquer tipo de discriminação. Aproveite esta oportunidade para abraçar e rever os amigos que lá deixamos...

IMPORTANTE: Quem for chegando do sul ou do norte, nos aguardem na entrada do trevo. Os amigos que vem se Santana para a transladação já podem ir fazendo filas em frente à casa da Zeoneide.  Este anos, pela primeira vez,  seremos guiado pelo Coração de Jesus, desde o Trevo do Espilão até Santana.

A comissão.