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quarta-feira, 25 de outubro de 2017

HISTÓRIA DO MINERASIL I - MINERASIL X COMERCIÁRIO.


Foi no ano de 1956, num jogo realizado em Santana, pelo campeonato da LARM (Liga Atlética da Região Mineira), confronto entre Minerasil Futebol Clube x Comerciário Esporte Clube (hoje, Criciúma), já passados dos 40 minutos e o Minerasil vencia por 4 x 3. Houve uma falta do visitante perto da grande área, na goleira  que fica para os fundos da Sede do Minerasil.




O Comerciário tinha um artilheiro muito bom, Cardoso, que deu um chutaço a gol, batendo na baliza esquerda e indo para a linha de fundo, ou seja, a bola bateu na trave, não entrando por falta dos 10 centímetros.

Encerrado o jogo, o Paulino Búrigo, membro da diretoria do Comerciário, foi até a trave e começou a medir passo a passo e, após, retornou para Criciúma, sem nada falar aos integrantes do Minerasil Futebol Clube.

À noite, várias pessoas reunidas na sede do Minerasil, comemorando a vitória, eis que surgem discussões sobre as passadas do Paulino Búrigo embaixo da trave, dando a entender que tinha algo errado.

Discute aqui, relatos ali e ninguém chegava a conclusão. Assim, por volta das 20h00, resolveram ir conferir as medidas da trave. Surpresa!  Realmente a trave estava com as medidas incorretas, ou seja, com a diferença de 10 centímetros a menor. O Paulino Búrigo tinha razão...

Então, ali mesmo, o pessoal de Santana (com a presença do seu Omero de Bona, membro da diretoria do  Minerasil  e que  trabalhava como topógrafo na Minerasil), organizou um mutirão, convocando marceneiros, carpinteiros que trocaram e colocaram a trave na medida correta, trabalhando até tarde da noite do domingo.

Pasmem! Na quarta-feira da mesma semana chegava a Santana uma comissão da Liga Atlética da Região Mineira - LARM para fazer uma fiscalização geral no estádio do Minerasil e encontraram a trave dentro das medidas que as regras do futebol exigiam.

Assim, o Minerasil não perdeu os pontos, ganhando de 4 x 3 para o Comerciário Esporte Clube, hoje, Criciúma.

Colaboração de Juceli Antônio Francisco e Omero de Bona para os Amigos de Santana.

Amigos de Santana.

sábado, 21 de outubro de 2017

LAZER EM SANTANA II – SOCIEDADE RECREATIVA 18 DE JULHO.


A Sociedade Recreativa 18 de Julho, foi construída, no início dos anos 50, pela família de Aléssio Liberato que, posteriormente, vendeu para  Joaquim Venceslau.  O surgimento desta sociedade recreativa deveu-se por uma situação inusitada em Santana. Havia a sede do Minerasil Futebol Clube, time dos mineiros de Santana, onde jogavam: brancos, amarelos, mestiços, pretos, morenos e até os branquelas, descendentes de raças mais brancas.  

Seu Joaquim Venceslau, à direita, acompanhado do seu Benato Crescêncio, à esquerda (ambos,in memoriam).

Operários da Mineração Geral do Brasil, todos contribuíam com Cr$ 10,00 ou Cr$ 20,00 cruzeiros, descontados em folha de pagamento dos mesmos. Contudo, quando eram promovidos bailes na Sede do Minerasil, as pessoas de pele preta ou morena, mesmo contribuindo, mensalmente, não podiam participar, ou seja, ficavam de fora. Por esta razão,  foi construída a Sociedade Recreativa 18 de Julho com duas pistas de danças, sendo uma para as pessoas de pele preta/morena e outra para as pessoas de pele branca.

Na época, surgiram movimentos em Santana para que a Sede do Minerasil fosse, de fato, a casa de diversão para todos os santanenses, o que, em seguida, veio a acontecer.  Hoje, sabemos que não existe raça senão a humana.

Para se tornar sócio da Sociedade Recreativa 18 de Julho, com entrada franca em todas as diversões,  tinha que assinar uma proposta de sócio, onde o associado pagava Cr$ 5,00 de jóia  e Cr$ 5,00 de mensalidade.

A tesouraria da Sociedade também entregava ao sócio contribuinte o comprovante de pagamento.

Este clube foi marcado pelos grandes bailes com os Vibrantes, de Santana, American Nighit, de Siderópolis, os Lideres, de Criciúma, conjuntos famosos, da época, que davam shows de luzes, principalmente a luz negra, onde os frequentadores vestiam-se de brancos para reluzir na luz.

Os Vibrantes, de Santana

Os Vibrantes, de Santana

Nos domingos à tarde tinha lotação completa para assistir os iniciantes programas da Jovem Guarda, campeonatos de bocha, pacau e sinuca que terminavam com uma grande soirée com os santanenses se divertindo em uma única pista todos juntos e misturados.

Ah, na outra pista, por volta de 1964, o seu Joaquim montou uma loja de calçados.  

No bar do clube se vendia um picolé e um sorvete supimpa.

E assim era nosso lazer em Santana...


Amigos de Santana