Foi
no ano de 1956, num jogo realizado em Santana, pelo campeonato da LARM (Liga
Atlética da Região Mineira), confronto entre Minerasil Futebol Clube x
Comerciário Esporte Clube (hoje, Criciúma), já passados dos 40 minutos e o
Minerasil vencia por 4 x 3. Houve uma falta do visitante perto da grande área,
na goleira que fica para os fundos da
Sede do Minerasil.
O
Comerciário tinha um artilheiro muito bom, Cardoso, que deu um chutaço a gol,
batendo na baliza esquerda e indo para a linha de fundo, ou seja, a bola bateu
na trave, não entrando por falta dos 10 centímetros.
Encerrado
o jogo, o Paulino Búrigo, membro da diretoria do Comerciário, foi até a trave e
começou a medir passo a passo e, após, retornou para Criciúma, sem nada falar
aos integrantes do Minerasil Futebol Clube.
À
noite, várias pessoas reunidas na sede do Minerasil, comemorando a vitória, eis
que surgem discussões sobre as passadas do Paulino Búrigo embaixo da trave, dando
a entender que tinha algo errado.
Discute
aqui, relatos ali e ninguém chegava a conclusão. Assim, por volta das 20h00,
resolveram ir conferir as medidas da trave. Surpresa! Realmente a trave estava com as medidas
incorretas, ou seja, com a diferença de 10 centímetros a menor. O Paulino
Búrigo tinha razão...
Então,
ali mesmo, o pessoal de Santana (com a presença do seu Omero de Bona, membro da
diretoria do Minerasil e que trabalhava como topógrafo na Minerasil), organizou
um mutirão, convocando marceneiros, carpinteiros que trocaram e colocaram a
trave na medida correta, trabalhando até tarde da noite do domingo.
Pasmem!
Na quarta-feira da mesma semana chegava a Santana uma comissão da Liga Atlética
da Região Mineira - LARM para fazer uma fiscalização geral no estádio do
Minerasil e encontraram a trave dentro das medidas que as regras do futebol
exigiam.
Assim,
o Minerasil não perdeu os pontos, ganhando de 4 x 3 para o Comerciário Esporte
Clube, hoje, Criciúma.
Colaboração
de Juceli Antônio Francisco e Omero de Bona para os Amigos de Santana.
Amigos de Santana.