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sexta-feira, 18 de maio de 2012

SANTANA, NO TEMPO DA VASSOURA E DA ESPADA


Nossa! Falar da infância em Santana é como entrar na máquina do tempo em uma viagem, buscando resgatar o passado.

É buscar lembranças que nos fazem rir e em cada roda de amigos de Santana, sempre alguém lembra uma história divertida e diferente. Hoje, regredimos ao tempo da vassoura e da espada em Santana. Éramos bem pequenos e assistíamos orgulhosos, sem entender nada, a disputas dos candidatos a Presidência da República de 1960.

Em Santana, a disputa eleitoral era disputada em condições de igualdade, com músicas feitas para os candidatos, adesivos nos automóveis, dependurar faixas nas varandas, fincar bandeiras e bandeirolas, com as cores dos partidos para que balançassem ao vento. O importante era ir para as ruas e poder mostrar em quem se ia votar.  Tinham os fanáticos, principalmente, as senhoras que compravam tecidos coloridos, de vassoura ou de espada, para confeccionar roupas para usarem na época da campanha. Era hilário, assistir a tudo isso!

Como estamos em ano eleitoral e nada mais saudável que se lembrar das brigas amistosas que foi na nossa infância, quando aparecíamos frente aos amiguinhos da rua com uma “vassourinha” ou com uma “espada” no peito, não entendíamos nada, mas fazíamos o maior sucesso!

Tenho o boton original desta vassourinha comigo. Está intacta e foi fotografada da original em meu poder. 

Boton da espada.
Para quem não se recorda, a “vassourinha” era o símbolo de Jânio Quadros e a “espada” o símbolo do Marechal Lott, ambos em campanha para a Presidência da Republica de 1960.

Para a criançada daqueles anos que viveram em época anterior a 1964, aparecer com um “boton” da “vassourinha” ou da “espada” no peito, significava que seus pais, que, obviamente, lhes davam os mimos, votavam no Jânio Quadros ou no Marechal Lott. Ambos, um da direita, outro da esquerda, prometiam espetar e podar as ervas daninhas e a varrer o terreiro e o manter limpo da já velha corrupção.

O dia de eleições em Santana era uma verdadeira festa e reencontros de amigos. Amigos que faziam questão de votar em Santana. Naquela época era costume, das famílias que se mudavam, retornar para votar em sua terra natal e Santana os recebia de braços abertos. O comércio lucrava e a criançada se deleitava com aquilo tudo

É muito bom poder reviver nossa infância em Santana, sem medo de estar certa ou errada, de críticas ou de ataques e o resto é história!

terça-feira, 15 de maio de 2012

AS DOMINGUEIRAS DE SANTANA

Saudades das domingueiras em Santana.


Nos anos 40 e 50, nos tempos que se podia abrir todas as portas e janelas das casas sem medo de ladrão, os bailes aconteciam nas residências particulares dos moradores da vila operária de Santana nos domingo à tarde, chamada de domingueiras.

O morador escolhido para a domingueira oferecia sua sala de visita para o acontecimento, onde se reuniam todos os moradores da vila ao som de um violeiro, acompanhado de acordeom. Era o momento dos namoros e futuros casamentos.

As casas eram cuidadosamente limpas e arrumadas. O assoalho de madeira era lavado com palha de aço, os copos ficavam à disposição dos convidados.

Estas domingueiras iniciavam cedo e terminavam cedo, das 14h00min às 20h00min.  Se época de carnaval, ali mesmo aconteciam os carnavais e as festas do entrudo.

As domingueiras de Santana serão sempre revividas nos  encontros dos amigos de Santana.






segunda-feira, 14 de maio de 2012

AMIGOS PARA SEMPRE


Eu não tenho nada pra dizer. A música diz tudo...


Preparem o coração que 10/06/2012, está chegando para o 4º encontro dos amigos de Santana.


Queremos ver neste encontro: filhos, filhas, noras, genros, netas, netos, bisnetos, bisnetas, trinetos, trinetas, tataranetos, tataranetas, amigos que por lá passaram e que ajudaram a construir Santana e também os amigos dos amigos de Santana, todos juntos, neste encontro.












Vamos lá! Este ano com muitas surpresas. Além do tradicional churrasco servido ao meio dia, vamos  ter café colonial, grátis, o dia todo, doado pela comunidade de Santana.

terça-feira, 1 de maio de 2012

RITO DA COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA PELAS CRIANÇAS, EM SANTANA


No mês de maio, em todas as comunidades católicas, são organizadas homenagens a Maria. São variadas as formas de tais manifestações e em Santana não era diferente.  Recordo-me que acontecia nos tempo das irmãs Beneditinas da Divina Providência. As coroações ocorriam no último dia do mês de maio, mês de Maria.


O ritual da coroação era realizado num grande altar paralelo, conforme foto abaixo, muito enfeitado com flores, papéis coloridos, véus e luzes. No centro do altar ficava a imagem de Maria e atrás dele eram colocadas as escadas onde ficavam as crianças vestidas de anjos para a coroação.

As coroações até hoje se assemelham com aquelas organizadas pelas Irmãs em Santana, muito embora existam variações nos cantos e rituais.

O ato da coroação era o último gesto do ritual. Antes dele Maria recebia o véu, o rosário e a palma nas mãos. A entrega destes símbolos era feita de forma solene e uma criança ia cantando as palavras da oferta (não lembro mais das palavras), enquanto os outros anjinhos cantavam os refrões já ensaiados e jogavam pétalas de rosas em Maria. A música da oferta intercalava a outras melodias. Por meio de aplausos e cantos toda a comunidade de Santana participava da coroação. Era fantástico participar disso tudo em Santana.

Recordo-me que, quase sempre, era a Terezinha Bittencourt quem cantava e coroava Maria. Algumas vezes a Ieda Motta e a Berta Scarsanella. Contudo, na maioria das vezes, era a Terezinha Bittencourt.  Dizem que tinha uma voz linda...

Após a saída das irmãs Beneditinas de Santana, quem ensaiava a criançada para participar deste ritual era a mãe da Cida Crescêncio e a dona Zelinda. Hoje, não sei informar se ainda acontece este ritual em Santana.

É difícil dizer qual criança não participou deste ritual, porque cada ano era um grupo diferente que participava. Sendo assim, não se pode determinar o nome exato dos participantes nesta foto.


O certo é que o mês de maio contempla a celebração de Nossa Senhora de Fátima (13 de maio), que por influência dos portugueses está presente em nosso povo e o mês de outubro a celebração de Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro), padroeira do Brasil.

Maria é venerada como mãe e mulher. Sendo mãe de Deus, é assumida como mãe de todos os cristãos.



Como não me lembro das músicas cantadas naqueles rituais vou colocar Roberto Carlos para homenagear Maria, mãe de todos nós.