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sábado, 3 de março de 2012

CINCO GERAÇÕES, VIVENDO EM SANTANA




Da esquerda para a direita: Brígida Sartor Mariot (91 anos), com a filha Elenice Mariot Albino (69 anos), o neto Edvaldo Albino (48 anos), a bisneta Itamara Albino da Silva (22 anos) e a tataraneta Ana Carolina Albino da Silva (3 anos).

Descendente de imigrantes italianos que foram uns dos primeiros moradores da localidade de Santana, em Urussanga, a senhora Elenice Mariot Albino chega aos 69 anos de idade com a alegria de poder reunir cinco gerações de sua família. Entrevistada pela reportagem de Panorama SC, Dona Elenice se emocionou ao lembrar-se do avô Domingos de Bona Sartor, falecido aos 97 anos no ano de 1985, e também do pai Marcos Mariot.

“Quando éramos crianças, nós íamos a pé à casa de meus avôs, porque naquela época não existia carro em Santana. E lá nós encontrávamos nossas primas, brincávamos bastante. Era muito bom.” Afirmou a santanense que é filha de um dos sócios do cinema que existia na localidade. “O meu pai era um dos sócios do cinema em Santana. Os outros eram o Celso Barbosa e os meus tios Sílvio e José De Bona Sartor. Tinha sessão todos os dias, mas meu pai não deixava a gente ir não. Era só na matine de domingo. Para nós, que éramos moças, era uma diversão. A gente comprava pipoca, que eram feitas por pipoqueiros que moravam próximo do cinema, e também aproveitava para encontrar com os namorados.” Lembrou a santanense que casou com um jogador do Minerasil Futebol Clube e teve cinco filhos: Ederaldo, Edvaldo, Evandro, Ednilson e Ediógenes.


 Esta foto foi batida em 1983, dois anos antes do falecimento do avô de Elenice. Da esquerda para a direita: Domingos de Bona Sartor, sua filha Brígida Sartor Mariot, sua neta Elenice Mariot Albino, seu bisneto Edvaldo Albino e seu tataraneto Mairon Albino.

“Eu conheci meu marido em um jogo de futebol. Santana era famosa naquela época, o Minerasil disputava até campeonato estadual. Sempre tinha muita gente participando dos jogos e as sessões de cinema no domingo eram cheias. O carvão levou muita coisa boa, mas também destruiu tudo e hoje Santana esta meio parada.” Desabafou Elenice. Ao ser questionada sobre a tragédia ocorrida na mina de Santana em 1984, Elenice disse que, felizmente, não perdeu nenhum familiar no acontecimento, mas que guarda com tristeza as horríveis lembranças daqueles momentos. Ao falar sobre a atualidade, Dona Eleonice afirmou que vivenciou grandes mudanças.

“A vida mudou muito. Hoje temos mais conforto e os jovens têm mais liberdade. Antigamente não era assim. Nós tínhamos hora marcada para sair e voltar para casa. Hoje os jovens saem, voltam à hora que querem e, às vezes, os pais nem sabem onde andam. Não sei se isso é bom. A gente vê tantos irem para o caminho que não é correto, se metendo em drogas e outras coisas. No nosso tempo havia mais respeito e a vida era mais tranqüila.” Afirmou dona Elenice ao informar que esta escrevendo suas memórias e que pretende, posteriormente, transformá-las em um livro.

Dona Elenice reside em Santana desde o seu nascimento, na mesma localidade onde também residem sua mãe Brígida e quatro dos seus cinco filhos.

Fonte e fotos: Panorama.sc, de Urussanga-SC.

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